doença celíaca: meu diagnóstico

O mês de maio traz consigo o Dia Internacional da Doença Celíaca, um momento importante para refletirmos sobre os desafios que os celíacos enfrentam e a importância de um diagnóstico precoce.

Ao longo deste mês, quero partilhar convosco várias postagens sobre este tema, começando hoje com a minha história pessoal de diagnóstico e como esta experiência moldou a minha jornada enquanto nutricionista.

Há alguns anos, comecei a lidar com sintomas que impactavam não só a minha saúde física, mas também o meu bem-estar emocional. Dores abdominais, inchaço e uma fadiga constante faziam parte do meu dia-a-dia. Sabia que algo não estava bem, mas demorou algum tempo até que o problema fosse identificado. Depois de vários exames e consultas médicas, recebi o diagnóstico: doença celíaca. Confesso que, naquele momento, me senti assustada e até um pouco perdida. Como nutricionista, já estava familiarizada com a doença, mas vivê-la pessoalmente era um desafio diferente.

Decidi, contudo, encarar o diagnóstico como uma oportunidade de aprendizagem e crescimento. Dediquei-me a estudar a fundo a doença celíaca, não apenas para cuidar de mim, mas também para poder apoiar outros pacientes que passavam pela mesma situação.

A doença celíaca é uma condição autoimune que é desencadeada pela ingestão de glúten – uma proteína presente no trigo, cevada e centeio. Para cuidar da minha saúde, precisei adoptar uma dieta completamente isenta de glúten. Mais do que isso, este diagnóstico ensinou-me a escutar o meu corpo com mais atenção e compaixão. Aprendi a identificar os sinais que ele me envia e a respeitá-los. Esta jornada de autoconhecimento e aceitação tem sido tão valiosa quanto a própria dieta sem glúten.

Hoje, como nutricionista, tenho o privilégio de partilhar a minha experiência com pacientes celíacos, oferecendo-lhes não apenas orientação nutricional, mas também apoio emocional e compreensão.

Se está a enfrentar um diagnóstico de doença celíaca ou conhece alguém nessa situação, saiba que não está sozinho(a). Com o conhecimento certo, autocuidado e o apoio adequado, é possível viver uma vida plena e saudável.

Se precisar de apoio nesta caminhada, estou aqui para ajudar. Juntos, podemos cuidar da nossa saúde e celebrar a nossa resiliência, um passo de cada vez.

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